Bibliografia
Aplicativo computacional para viabilizar a consideração da temperatura em pavimentos flexiveis
O atual método de dimensionamento de pavimentos flexíveis no Brasil, o método do engenheiro Murillo Lopes de Souza, não leva em consideração os efeitos advindos da temperatura, a qual pode ser um dos principais fatores climáticos no desgaste do concreto asfáltico. Sendo assim, o objetivo principal deste trabalho é avaliar o perfil de temperatura em pavimentos flexíveis a partir de dados climáticos e modelos de transferência de calor, apresentando uma aplicação prática para validação dos resultados obtidos com o uso de dados climáticos na metodologia de transferência de calor, proposta por Dempsey em 1969, com dados de estudos anteriores do pavimento da BR-116, Rio Grande do Sul/Brasil, km 298+560, visando identificar o subconjunto de dados climáticos que melhor descrevem as temperaturas observadas em campo. Para tanto, a metodologia deste trabalho consistiu em desenvolver um aplicativo computacional capaz de coletar dados climáticos fornecidos pela NASA e aplicar o método de transferência de calor proposto por Dempsey. Os resultados obtidos demonstraram que dados climáticos de temperatura do ar e velocidade do vento, medidos a uma altura de 2 m, geram uma previsão de temperatura mais próxima dos valores medidos em campo, em comparação com os resultados de dados climáticos medidos em alturas mais elevadas, atingindo um coeficiente de determinação, R², de 81%, e uma correlação de Pearson de 92,4%, com um erro médio geral de 1,3 °C, um erro médio para as temperaturas mínimas diárias de 0,6 °C e para as máximas de 2,7 °C. Desta forma, a metodologia foi considerada validada e capaz de prever as temperaturas do pavimento da BR-116 com satisfatória precisão para temperaturas mínimas e médias, apresentando um desempenho inferior na predição de temperaturas máximas. Além disso, verificou-se que dados climáticos com medições mais próximas da superfície tendem a resultar em perfis com temperaturas mais elevadas, enquanto que medições entre 10 e 50 m acabam por subestimar os valores previstos de temperatura.
Como citar:
MOREIRA, I. S. Aplicativo computacional para viabilizar a consideração da temperatura em pavimentos flexíveis. Orientador: Lélio Antônio Teixeira Brito. 2023. 91 f. TCC (Graduação) – Curso de Engenharia Civil, Faculdade de Engenharia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2023. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/handle/10183/212027.
Análise das taxas de sedimentação do rio Jacuí entre Vale Verde e São Jerônimo - Bacia hidrográfica do Baixo Jacuí (Rio Grande do Sul, Brasil)
Este trabalho objetiva comparar metodologias para a investigação do transporte de sedimentos no rio Jacuí, e assim apontar qual melhor se aplica enquanto ferramenta de gestão ambiental. Para tal, foram calculadas as taxas de sedimentação por três métodos: descarga de sólidos, diferença de cubagens e modelagem hidrossedimentológica. No primeiro, as taxas de sedimentação foram obtidas pela diferença de transporte de sedimentos entre seções. No segundo, foram calculadas para diferentes trechos de extração mineral por meio da diferença de volumes de sedimentos. Por fim, foi realizado o modelamento computacional de sedimentos do trecho entre Vale Verde e Amarópolis para o período de 2012 a 2019, o qual indicou predominância de sedimentação na região. Os primeiros métodos foram comparados qualitativamente com o modelo. Concluiu-se que o método da diferença de cubagens é a ferramenta mais adequada, simples e eficaz o objetivo proposto.
Como citar:
MOREIRA, I. S.; GOULART, R. V.; FAN, F. M. Análise das taxas de sedimentação do rio Jacuí entre Vale Verde e São Jerônimo – Bacia hidrográfica do Baixo Jacuí (Rio Grande do Sul, Brasil). Pesquisas em Geociências, v. 50, n. 1, p. e127773, 2023. DOI: 10.22456/1807-9806.127773.